Sonhei com meu pai essa noite... foi tão estranho. Diferente das outras vezes, o sonho não foi bom e não me reconfortou. Na verdade, acordei com medo, super assustada... e fiquei péssima por ter um pesadelo com ele e não um sonho. Passei o dia agoniada. Hoje faz 7 meses que ele morreu. E pra tentar esquecer o sonho agoniante, fui ver fotos antigas dele... achei uma bem especial, que me fez lembrar o quanto a gente se amava. A foto me acalentou...
Aquela Agonia
De luto...
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Quilos a menos...
Bom, deixando um pouco a tristeza de lado e falando de alguma coisa boa na minha vida... menos 11kg!!
Faltam 9kg pra perder ainda... mas eu chego lá! Hoje vale até fotinho de antes e depois... sintam o drama...
ANTES
DEPOIS
TENSO!
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Naquela mesa ta faltando ele...
Eu ainda posso escutar meu pai rindo... ouvir suas mãos secas roçando uma contra a outra. Posso sentir sua barba grisalha e malfeita roçando meu rosto. Lembro de cada detalhe, dos pequenos pentes que ele carregava em seu bolso, pra se manter sempre bem arrumadinho. Dos lencinhos que usava. Do barulho indefectível do molho de chaves que carregava. A maneira como tocava a campainha. O jeito todo especial quando me chamava de "Beta". De como gostava de comer goiabada com queijo. De roncar incessantemente enquanto dormia. Dos cabelinhos ralos que ainda lhe restavam. As manchinhas senis espalhadas em seu braço. Lembro de tudo e sonho de vez em quando com ele. Sonho que eu ainda posso abraçá-lo e dizer que o amo. Cheirar seu cangote e chamá-lo de "meu bichinho". Ai meu Deus... essa saudade constante que dilacera...
"Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída, não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim"
Nelson Gonçalves
terça-feira, 28 de junho de 2011
Pai...
"Pai!
Pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo prá gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez...
Pai!
Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre
Esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz...
Pai!
Pode crer, eu tô bem
Eu vou indo
Tô tentando, vivendo e pedindo
Com loucura prá você renascer...
Pai!
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Prá falar de amor
Prá você...
Pai!
Senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida
Onde a vida só paga prá ver...
Pai!
Me perdoa essa insegurança
É que eu não sou mais
Aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu...
Pai!
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Prá pedir prá você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Ah! Ah! Ah!...
Pai!
Você foi meu herói meu bandido
Hoje é mais
Muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
Pai! Paz!..."
Fábio Jr.
terça-feira, 7 de junho de 2011
A coisa mais linda que meus olhos já viram
Eu sou a preferida do meu pai. Eu sei disso, ele sabe, meus irmãos sabem... todos sabem. Meu pai sempre quis ter uma filha, uma menininha. Eu cheguei como um acidente. Não fui planejada, nasci depois de 12 anos do meu irmão do meio. Eu mudei a vida dele... eu sei, porque ele me mostrou isso todos os dias da minha vida.
Ele me liga só pra falar oi... 300 vezes ao dia. Ele liga pra minha casa e só pergunta por mim e mais ninguém. Quando ele está com problemas, quando ele está feliz, quando está com dúvida, quando está com saudade... é pra mim que ele liga. Eu sou o xodó dele.
Trocamos os papéis há algum tempo. Eu sou a mãe e ele o filho. Eu cuido dele, ele me obedece. Meu pai não é fácil, nunca foi. Sempre tivemos uma relação super conturbada e difícil, mas sempre nos amamos na mesma intensidade. Eu mando tomar banho, passo perfume, penteio o cabelo, escolho a roupa, brigo quando não toma remédio ou quer pegar um empréstimo desnecessário no banco. Eu abraço, beijo, afago, aperto, cheiro... eu o chamo, de brincadeira, de meu bichinho.
Mesmo assim, acho que não fiz o bastante. Ainda assim sinto culpa e acho que fui negligente em algum ponto. Se eu tivesse prestado mais atenção, talvez o coração dele estivesse mais forte, talvez ele conseguisse respirar sozinho, talvez ele estivesse bem. A UTI me pereceu um lugar tão frio e solitário, apesar de todas aquelas pessoas que lá habitam. Fico pensando nas coisas que deviam passar pela cabeça do meu pai, no medo que ele tem de hospital e médico, no medo que ele tem de morrer. Mal sabe ele que aqui do lado de fora eu partilho do mesmo medo. De não ter mais oportunidade de dizer como eu o amo e de como ele é importante pra mim.
Meu pai usava até pouco tempo atrás uma medalha no pescoço com o meu nome. Eu cresci ouvindo dele que eu sou a coisa mais linda que os olhos dele já viram. E agora, numa madrugada na qual eu não consigo dormir nem parar de chorar, meu coração bate descompassado e lento, como o dele...
terça-feira, 24 de maio de 2011
segunda-feira, 9 de maio de 2011
G.O.R.D.A II - A missão
Eu não sei se alguém ainda lê isso aqui. Enfim, quero botar pra fora e ler esse post daqui 3 anos e encarar como uma confissão de diário.
Pois bem, estou fazendo dieta. Sim, é o fim dos tempos... 2012 tá aí! Fazem exatos 46 dias que comecei. Até agora perdi aproximadamente 6kg. Junto com eles perdi também minha paciência, meu humor, minha vontade de sair, de socializar, de ser eu. Afinal, fazer a dieta não foi uma decisão minha, mas da minha médica. Portanto, não estou emagrecendo porque, do dia pra noite, acordei e pensei: "Vamos jogar fora toda aquela história de que você se sente bem do jeito que é e secar". Na verdade, acordei um dia e me vi na dura realidade de que meu pequeno corpo de 1,56m não suporta mais meu peso. É isso... foda-se se eu me não me importo em ter 3 toneladas. Eu PRECISO emagrecer. Virou questão de saúde.
O difícil é que nunca me enxerguei tão gorda. Acho que era um tipo de anorexia ao contrário... eu me via gorda, mas não do jeito que eu tava. Aliás, acho que me via exatamente como eu sou, mas isso não me incomodava e nem fazia eu me sentir feia... coisa que nunca achei mesmo. Me olho no espelho e me acho bonita. Sei que sou... os olhares dizem. Na minha cabeça fica uma coisa dúbia, porque eu me aceito gorda, como sempre fui. Mas não é assim que meu corpo reage. Então vou contra minhas crenças, desço do salto e só como alface. Sinto como se estivesse me traindo e desmentindo todo o meu discurso de aceitação própria.
Entrei em processo de reabilitação alimentar. Sim, porque comida é um vício. Quem é gordo sabe... a gente tem uma relação diferente com comida. É mais estreita, é algo envolvido com prazer, com culpa, com medo, anseios, agonias, felicidade... comer é muito bom. Imagine pra mim, que amo comer, o que é, de repente, se ver em uma alimentação restritiva. É ou não é motivo suficiente pra ficar mal humorada?
Sinto saudade de açúcar... principalmente de bolo de cenoura com cobertura de chocolate. Sinto falta de massas... muita massa! Falta de bacon, de maionese, do cheiro gostoso que só uma lanchonete calórica tem. Mas tento pensar que toda essa comida só me dava conforto e prazer por um breve momento. Eu não me saciava mais... nada era o bastante. E só agora, depois de muito alface e frutas, depois de muito light e muito diet, consegui enxergar que a fome insaciável não era fome, era eu. É difícil admitir, mas eu sou viciada em comer para aplacar minha agonia. Era meu calmante, era minha morfina. Eu escrevo essas linhas e choro, porque admitir um vício não é fácil. Começar um regime não foi fácil, mantê-lo no mesmo ritmo menos ainda. Mas, de pouquinho em pouquinho, de salada em salada, eu chego lá...
BEIJO DA GORDA!!
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