terça-feira, 20 de março de 2007

Cabelinho de cuia...

De vez em quando penso como seria estar na pele de outra pessoa. Conseguir entender o que se passa na mente dela, entender o porquê de tanto desespero. É muito ruim querer ajudar alguém que eu amo e nem saber por onde começar. É muita revolta, muita mágoa, rancor...
Tão nova e tão velha... jogada no mundo sem respeito, sem amor, sem o apoio que ela procura. Quais seriam as palavras certas? Os gestos certos? O que eu poderia fazer para ela compreender que por mais que ela peça, eu não desisto... por mais que ela faça loucuras, mesmo com muita raiva, eu estarei aqui.
Tenho a nítida certeza que só eu enxergo seus verdadeiros motivos. A vida não é fácil pra ninguém, mas foi cruel com ela. Então pequena, exposta, rejeitada... não sabia qual era seu lugar e nem como conquistá-lo. Nunca soube usar a tática certa para ser aceita, nunca soube falar o que sentia, o que queria... agora exigem dela a resposta que nem ela mesma sabe qual é. Talvez seja exatamente isso que ela tanto procura... respostas. Mas, sinceramente, não sei se irá encontrá-las. Tarde demais para respondê-las.
Sem ter onde se apoiar, buscou nas pessoas erradas o que não achava em casa... se eu estivesse acordada anos atrás, quem sabe, não estaria agora entrando num quarto escuro, procurando alguém perdido, de olhos fechados e que por lá quer permanecer... mal sabe ela que sou persistente e vou tentar de todas as maneiras ensiná-la o caminho de volta. É isso o que amigo de verdade faz...

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