sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Coração de gelo (derretido)

Velhos fantasmas resolveram me assombrar. Quando achamos que tudo está resolvido, que as coisas voltaram ao normal... nos damos conta de que não existe mais o normal. Ás vezes vocês também têm a impressão de que não são mais os mesmos? Que as coisas que faziam há um ano, hoje parecem estranhas? Amadurecimento é o tipo de coisa que não deveríamos perceber tão facilmente... mas eu vejo tudo agora!
Reajo diferente às situações, procuro outras saídas, quero o que não entendo, fujo daquilo que conheço. É estranho não ser boazinha, não me meter, não me preocupar. É muito estranho mesmo eu querer, mas segurar minha vontade... parece que eu finalmente entendi como o mundo funciona e porque antes nada dava certo e eu ficava puta, e porque hoje nada dá certo mas eu me conformo.
Dizer "não" é difícil. Dizer "não" e continuar firme, mesmo quando você quer dizer "sim", pra mim era impossível... hoje em dia nem tanto. Acho que finalmente me tornei a egoísta de que sempre me acusavam. "Tá sofrendo? Eu lamento, mas também estou... EMA, EMA, EMA". Será que isso é feio? Se é ou não, agora não me importa! Acho que acreditar demais nas pessoas, levar vários tapas na cara, chutes no estômago, não me fez uma pessoa melhor... me fez uma pessoa mais dura.
Isso é bom ou ruim? Quem irá me dizer é o tempo, que não se cansa de zombar de mim.
"Muitas perguntas que afundas de respostas
Não afastam minhas duvidas
Me afogo longe de mim
Não me salvo porque não me acho
Não me acalmo porque não me vejo
Percebo até, mas desaconselho"
Zélia Duncan

terça-feira, 25 de setembro de 2007

GRRR...

_ Filha, vamo no Extra? Tô precisando comprar umas coisinhas que faltam aqui em casa.
_ Ai mãe!! Jura que você quer mesmo ir?
_ Anda Roberta!! Essa menina tá com uma preguiça estranha! Tem que mandar benzer!
_ Aahh não... que preguiça de supermercado...
_ ANDA!!!

Entra no Extra, olha todas as coisas, menos as que a gente precisa em casa! E começa aquela ladainha insuportável: tira da prateleira, bota no carrinho, tira do carrinho, bota na esteira, tira da esteira, coloca na sacola, coloca no carrinho, tira do carrinho, bota no porta-mala, volta pra casa, tira do porta-mala, bota no elevador, tira do elevador, coloca dentro de casa, tira do chão, coloca em seus devidos lugares... meu humor, que essa semana já não era dos melhores, foi pro espaço!!

"Seja com carinho, seja com amor, seja Extra, seja como for... Mais barato, mais barato... EXTRAAA" =/

terça-feira, 18 de setembro de 2007

The girl with the thorn in her side...


Ventilador na velocidade máxima, umidade inexistente, calor escaldante... ótima oportunidade pra escrever no blog. Dia de jogar minhas mazelas ao vento!

Qual o problema das pessoas? Cheias de complexos, de incertezas, de histórias mal resolvidas. Ai, que baixo astral! Me deixem quieta! Você tá ali, no maior bom humor, curtindo a vida à la Ferris Buller, esquecendo dos problemas... vem uma criatura e em questão de segundos... BUM... acaba a festa. Eu hein?! Vai procurar outro pra criar problema.

Você a passa o tempo todo fazendo pelos outros o que gostaria que fosse feito à você, e só recebe tapa na cara! É assim mesmo... mas o mundo dá voltas, e não serei eu a dar a lição. Só vou ficar na minha, tentando ser uma pessoa melhor, enquanto outros tantos ficam sozinhos, decepcionados com o rumo que suas vidas levaram.

Veja bem, não desejo mal a ninguém! Por mim, cada um se consertava sozinho. Mas sabemos que a gente só aprende errando, com nossos próprios erros ou com os alheios. E enquanto quem deve aprender não presta atenção nas lições, espero pacientemente a criatura evoluir ao meu nível, para finalmente podermos conversar como os civilizados que deveríamos ser...


Agradecimento especial aos amigos Preto, Ju e Gabi, que têm uma paciência sem fim comigo... =D


"The boy with the thorn in his side
Behind the hatred there lies
A murderous desire for love
How can they look into my eyes
And still they don't believe me
How can they hear me say those words
And still they don't believe me
And if they don't believe me now
Will they ever believe me?
And if they don't believe me now
Will they ever will they ever believe me?"

The Smiths